Outros
prejuízos
Uma
noite mal dormida não vai prejudicar o funcionamento do organismo, mas
interfere na disposição física e mental durante o dia seguinte.
Já
a insônia crônica é aquela que está presente em vários dias na semana e dura
mais de um mês.
Um
estudo da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, revelou que dormir menos
de seis horas por dia aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC) mesmo
em quem não apresenta fatores de risco comuns, como excesso de peso ou
histórico familiar.
Encontraram
relação entre pessoas que dormiam menos de seis horas e a incidência de
sintomas de AVC, como dormência ou fraqueza de um lado do corpo, tontura e
perda de visão. Segundo eles, dormir pouco pode ser um precursor de fatores de
risco tradicionais para doenças cardiovasculares e, por isso, os distúrbios do
sono devem ser tratados.
Noites
mal dormidas causam irritabilidade, ansiedade e são fatores de risco para a
depressão.
Problemas
mais comuns
A
insônia é apenas um dos distúrbios do sono e se caracteriza pela dificuldade de
iniciar ou manter esse estado, causando sensação de sono não reparador, cansaço
diurno, dificuldade para manter a concentração, entre outros sintomas. Existem
diversas causas e entre elas estão os transtornos psiquiátricos, doenças como
fibromialgia, uso prolongado de medicamentos e de bebida alcoólica, maus
hábitos de vida e predisposição genética.
Outros
distúrbios do sono podem afetar o repouso mesmo sem o indivíduo perceber e, aí,
acaba sentindo os resultados durante o dia. Um deles é a apneia, que apresenta
paradas respiratórias durante o sono e podem ocorrer por alterações na faringe,
como a diminuição da atividade dos músculos dilatadores.
Quem tem apneia tem
mais risco de desenvolver problemas cardiovasculares, como a hipertensão.
Ronco, sonolência diurna e acordar no meio da noite com sensação de sufocamento
ou desconforto no peito são os principais sintomas.
Como
um dos fatores de risco para a apneia é o sobrepeso, emagrecer é o primeiro
passo. Evitar bebidas alcoólicas, tratar as doenças de nariz e garganta que
podem interferir na passagem do ar (como adenoides) e usar aparelhos que
melhoram a respiração noturna são fundamentais.
Para
os casos de insônia, é preciso descobrir se o problema é primário ou secundário
(decorrente de outras complicações de saúde, como depressão, ou de outros
distúrbios do sono, como a síndrome das pernas inquietas, em que o paciente
movimenta os membros durante a noite). Se for secundária, é preciso combater
suas causas.
O
tratamento pode ser feito com psicólogos, psiquiatras, nutricionistas,
neurologistas e ortopedistas.
O
tratamento farmacológico muitas vezes é necessário para a insônia crônica, mas
o não uso de medicamento é priorizado, destacando-se a terapia comportamental
cognitiva (higiene do sono, técnicas de relaxamento).
Os
pacientes só devem tomar medicamentos para dormir com orientação médica.
Fonte:
Revista Sua Saúde, Ano 3, nº 13 –
2012.