segunda-feira, 30 de junho de 2014

Cuidados com os pés (2ª Parte)

Essa estrutura perfeita tem grande responsabilidade de fazer com que caminhemos com harmonia, suavidade e prazer.

Os pés são muito sensíveis porque contêm mais de 72 000 nervos que têm ligação com todas as partes do corpo.

Há milênios, os povos orientais descobriram que, manipulando pontos específicos dos pés, é possível controlar e aliviar os sintomas de doenças, como enxaqueca e sinusite. Isso faz parte da Reflexologia Podal.

Os ossos, músculos e ligamentos formam um arco que vai do calcanhar ao dedão, e agem como amortecedor de choques, diminuindo os impactos e ajudando o equilíbrio.

Se o seu dedão inclina-se em direção ao dedo do lado, há grandes chances de você ter um joanete – uma espécie de deformação na articulação. Algumas vezes hereditário, ele também pode ser causado pelo uso de saltos altos e bico fino. Além do problema estético, os médicos aconselham uma cirurgia quando incomoda muito.

Se você tem pés chatos, seus arcos ficarão mais perto do chão do que o normal. Isso não é motivo para grandes preocupações... O único inconveniente é que você irá caminhar com os pés ligeiramente abertos – calcanhares para dentro, dedos para fora.

Mas, se os arcos são acentuados, poderá sentir dor e uma certa perda de flexibilidade. A solução são palmilhas adequadas ou até cirurgia corretiva. Problemas com os arcos são geralmente hereditários e, portanto, inevitáveis.

Para descobrir qual o formato dos seus arcos, molhe os pés, pise numa superfície seca e depois observe as pegadas. Se quase toda a sola aparecer nitidamente, você tem pés chatos. Já 2/3 à mostra indicam que são normais. Quando o desenho forma um grande vão entre a sola e o calcanhar, os arcos são acentuados.

Dê uma folga para seus pés! Depois de um dia duro, mergulhe-os numa bacia com água morna e lavanda ou sais relaxantes. Deixe agir por quinze minutos, seque com uma toalha macia, massageie com óleo de amêndoas que hidrata profundamente. Depois disso, sinta a diferença.

Fonte: Revista Saúde! é Vital.


sábado, 28 de junho de 2014

Cuidados com os pés (1ª Parte)

Seus pés irão carregá-lo por, aproximadamente, 100.000 quilômetros durante toda a sua vida. Haja sola!

Milagres da engenharia e do controle da temperatura, eles contêm 26 ossos, 33 juntas, 27 articulações, 19 músculos, 107 ligamentos e tendões que mantém a estrutura como um todo, nos permitindo movimentos diferentes. Em média, há 250 glândulas sudoríparas cada um.

Às vezes temos a sensação de que nossos pés estão nadando dentro dos sapatos. Isso acontece porque eles transpiram mais do que qualquer outra parte do corpo, produzindo suor para encher uma xícara (de café) por dia. 

Pouca transpiração deixará algumas partes ásperas e secas. Para prevenir use um hidratante.

Na adolescência, na gravidez ou se tiver glândulas sudoríparas hiperativas, os pés poderão transpirar em excesso.

O suor em si não tem cheiro, mas quando entra em contato com as bactérias (do ar e da pele) produz um odor desagradável. Nesse caso, é só lavar, secar muito bem e passar um talco apropriado duas (ou mais) vezes ao dia.

Os fungos geralmente têm preferência por pés úmidos, deflagrando micoses. 

Dessa forma, quem curte chupar dedões e afins pode ficar sujeito a uma infecção bucal provocada por eles.

Pés úmidos são mais vulneráveis a contrair pé de atleta (ou frieira) – uma infecção transmissível, causada por fungos, que provoca coceira e descamação entre os dedos. 

Para não se contaminar, tome alguns cuidados: ao trocar-se na academia ou em piscinas, não se esqueça de usar chinelos. Ao primeiro sinal de coceira nos pés, procure um dermatologista.

Para evitar calos e calosidades (que cobrem áreas maiores e doem menos), compre sapatos que se ajustem confortavelmente aos seus pés.

Solados grossos, saltos baixos e materiais naturais como couro e algodão incomodam menos do que solas finas, saltos altos ou plástico.

Evite comprar sapatos de manhã, pois os pés costumam inchar durante o dia. E o que era confortável às 10 horas vai ser uma tortura às 6 da tarde.

Para evitar as unhas encravadas, nunca, jamais arredonde os cantos na hora de cortar, e não use sapatos de bico fino.

Olho-de-peixe? Calo? Unha encravada? Nada de ficar cutucando, para não piorar ainda mais. Quem pode tratar disso é um podólogo – profissional especializado em lesões nos pés.

Mas se quer mesmo agradar seus lindos pezinhos, ande descalço pelo menos meia hora diariamente.

Fonte: Revista Saúde! é Vital.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Dicas para melhorar a qualidade do sono

Procure manter horários para se deitar e para despertar. 

Embora a média ideal de sono seja de oito horas, essa necessidade varia de uma pessoa para outra. Observe e respeite o seu ritmo.

De nada adianta dormir pouco durante a semana e tentar recuperar as noites perdidas nos dias de folga. Para a saúde, o que funciona é manter a regularidade.

Evite dormir com a TV ligada e, principalmente, assistir a programas violentos antes de ir para a cama. 

Eles deixam a mente alerta e indiretamente prejudicam as etapas de relaxamento profundo.

Pratique atividade aeróbica regularmente, mas nunca faça exercícios pouco antes da sua hora de ir para a cama. 

Do contrário, você vai ficar aceso.

Deite-se um pouco antes do horário programado para dormir. Assim, você garante um descanso em tempo integral.

À noite, não abuse do álcool e de bebidas ricas em cafeína, como refrigerantes, chás e café. 

Procure fazer refeições mais leves para ajudar na digestão.

Se você tem sintomas de apnéia, insônia ou outro distúrbio do sono, procure um especialista.

Fonte: Revista Saúde! é Vital. Dezembro de 2008. nº 306


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Sonhos que diagnosticam doenças

Para o austríaco Sigmund Freud (1856-1939), eles seriam uma tentativa de realizar desejos reprimidos.

Para seu discípulo, o suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), os sonhos eram uma ferramenta da mente na busca de equilíbrio

Sua teoria da compensação ditava que, na existência de um desbalanço entre a mente consciente e o inconsciente, ou seja, uma neurose ou uma psicose, a psique teria a missão de lançar pistas para a mente, na tentativa de consertar (ou compensar) o problema. Essas pistas viriam na forma de sonhos.

O dormir é um processo neurológico complexo. Das cinco fases do sono, o período dos sonhos é uma das mais importantes como indicador de saúde.
Uma redução na latência do sono REM é hoje um marcador biológico da depressão.
Os depressivos tendem a ter sonhos com tons mais negativos e com mais experiências desagradáveis.

A gravidade dos sintomas do distúrbio era diretamente correlacionada à intensidade das emoções nada positivas nos sonhos.

Além da tristeza sem fim, entram na lista de encrencas suspeitas de trazer consigo sustos na calada da noite Parkinson, Alzheimer, esquizofrenia, enxaqueca, asma, ansiedade e bronquite.

As perturbações nos sonhos são marcadores extremamente sensíveis de desequilíbrios mentais e físicos. De alguma forma o cérebro, detecta os processos biológicos alterados antes mesmo de eles chegarem à consciência, diz o psicólogo Péter Simor, pesquisador da Universidade de Semmelweis, em Budapeste, na Hungria.

Mais relevante para a medicina é o teor emocional das histórias sonhadas e o que a pessoa sente ao acordar.


Para dormir tranquilo os médicos recomendam baixar a intensidade da luz, ficar em silêncio, ler ou ouvir música calma e dar um jeito de não pensar nos problemas na hora de apagar.

Fonte: Revista Saúde! é Vital. Agosto de 2011.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

O doce sono dos índios

Noites em claro não rimam com a rotina da aldeia guarani Boa Vista, em Ubatuba, no litoral paulista.

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) descobriu que os índios possuem hábitos de sono mais saudáveis do que os de populações urbanas, descansando em média nove horas por noite.

“Eles sempre dormem quando têm vontade”, diz a bióloga Daniela Wey, uma das autoras do estudo.
“Além disso, por viverem em casas sem eletricidade, os horários de sono acabam sendo diferentes daqueles dos centros urbanos”.

Sem contar que para os índios guaranis o sono é muito importante.
É por meio dos sonhos que conseguem inspiração para suas músicas, rezas e rituais.

Os serviços 24 horas agravam os problemas de sono porque favorecem a troca do dia pela noite, para a qual nosso relógio biológico definitivamente não está preparado. É nos momentos em que a gente desmaia na cama que ocorre uma espécie de reorganização e fixação da memória.

As defesas do corpo são restauradas nesse período. Não respeitá-lo, portanto, deixa nossa artilharia vulnerável.

hormônio do crescimento GH, é secretado durante o sono profundo. Além de promover aquela espichada do corpo na infância e na adolescência, ele se encarrega de regular a síntese da glicose, o açúcar do sangue. “O GH funciona como um antidiabético”, diz o neurologista Flávio Aloe.

Outra atribuição do GH é a de manter o vigor dos músculos e da pele.
Se você quiser evitar rugas e olheiras, durma bem!

Fonte: Revista Saúde! é Vital. Junho de 2006.


sábado, 14 de junho de 2014

Malefícios do sono

Nossa época, marcada pela luz elétrica, por estabelecimentos 24 horas e prazos apertados de trabalho que muitas vezes exigem o sacrifício dos períodos de sono, pode muito bem ser considerada como a era do bocejo.

“Quanto mais uma sociedade se desenvolve, menos ela dorme”, afirma Lia Rita Azeredo Bittencourt, pneumologista e especialista em medicina do sono da Universidade Federal de São Paulo. Noites mal dormidas podem provocar irritação, mau humor e quilos a mais.

Um transtorno alimentar relacionado ao sono é quando o indivíduo come durante um estado de sonambulismo.

Privar-se desse descanso de forma crônica promove uma reação em cascata no organismo, que interpreta esse estado de alerta constante como estresse puro

Dessa maneira, dispara a liberação do cortisol, hormônio característico dos momentos agitados.
cortisol despejado sem economia, além de inibir o hormônio GH que é fundamental para o nosso organismo, também dá um chega pra lá na leptina, hormônio responsável pela saciedade.

Os insones ficam mais sujeitos a sofrer de pressão alta e arritmias. Isso porque o sistema cardiovascular, como todo o organismo, repousa durante o sono.

Para uma corrente de especialistas, a insônia desgastaria o aparato psíquico do paciente, predispondo-o a desenvolver aquela tristeza profunda, chamada depressão.

A insônia pode ser deflagrada por um estresse momentâneo. Os muitos ansiosos sofrem mais ou com maior antecipação.

As insônias secundárias são sintomas de outros males. 

Um dos mais comuns é a apnéia do sono, aquela interrupção temporária da respiração enquanto o indivíduo dorme. Os homens são as principais vítimas dessas paradas respiratórias.

Remédios sem prescrição médica e em excesso, podem causar dependência e até perda de memória.
Acredita-se que as mulheres tenham uma predisposição genética à insônia. 
As que estão na faixa etária de 30 e 40 anos são as mais atingidas, isso porque formam o grupo mais conhecido pela depressão. 

Jornadas duplas ou triplas, como trabalhadora, mãe e dona de casa, agravam a situação delas. Elas também sofrem mais da síndrome das pernas inquietas. A deficiência de ferro, principalmente na gravidez e na menstruação, pode ser o fator responsável.

Para melhorar esses malefícios, pode-se utilizar a terapia comportamental cognitiva.

“Por meio dela, ajuda-se o paciente a reorganizar sua vida, seus horários, a criar um ambiente mais propício ao sono, além de rituais antes de dormir e na hora de acordar”, diz a neurologista Rosana Souza Cardoso, da Universidade de São Paulo.

Fonte: Revista Saúde! é Vital. Junho de 2006.