sábado, 14 de junho de 2014

Malefícios do sono

Nossa época, marcada pela luz elétrica, por estabelecimentos 24 horas e prazos apertados de trabalho que muitas vezes exigem o sacrifício dos períodos de sono, pode muito bem ser considerada como a era do bocejo.

“Quanto mais uma sociedade se desenvolve, menos ela dorme”, afirma Lia Rita Azeredo Bittencourt, pneumologista e especialista em medicina do sono da Universidade Federal de São Paulo. Noites mal dormidas podem provocar irritação, mau humor e quilos a mais.

Um transtorno alimentar relacionado ao sono é quando o indivíduo come durante um estado de sonambulismo.

Privar-se desse descanso de forma crônica promove uma reação em cascata no organismo, que interpreta esse estado de alerta constante como estresse puro

Dessa maneira, dispara a liberação do cortisol, hormônio característico dos momentos agitados.
cortisol despejado sem economia, além de inibir o hormônio GH que é fundamental para o nosso organismo, também dá um chega pra lá na leptina, hormônio responsável pela saciedade.

Os insones ficam mais sujeitos a sofrer de pressão alta e arritmias. Isso porque o sistema cardiovascular, como todo o organismo, repousa durante o sono.

Para uma corrente de especialistas, a insônia desgastaria o aparato psíquico do paciente, predispondo-o a desenvolver aquela tristeza profunda, chamada depressão.

A insônia pode ser deflagrada por um estresse momentâneo. Os muitos ansiosos sofrem mais ou com maior antecipação.

As insônias secundárias são sintomas de outros males. 

Um dos mais comuns é a apnéia do sono, aquela interrupção temporária da respiração enquanto o indivíduo dorme. Os homens são as principais vítimas dessas paradas respiratórias.

Remédios sem prescrição médica e em excesso, podem causar dependência e até perda de memória.
Acredita-se que as mulheres tenham uma predisposição genética à insônia. 
As que estão na faixa etária de 30 e 40 anos são as mais atingidas, isso porque formam o grupo mais conhecido pela depressão. 

Jornadas duplas ou triplas, como trabalhadora, mãe e dona de casa, agravam a situação delas. Elas também sofrem mais da síndrome das pernas inquietas. A deficiência de ferro, principalmente na gravidez e na menstruação, pode ser o fator responsável.

Para melhorar esses malefícios, pode-se utilizar a terapia comportamental cognitiva.

“Por meio dela, ajuda-se o paciente a reorganizar sua vida, seus horários, a criar um ambiente mais propício ao sono, além de rituais antes de dormir e na hora de acordar”, diz a neurologista Rosana Souza Cardoso, da Universidade de São Paulo.

Fonte: Revista Saúde! é Vital. Junho de 2006.


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