terça-feira, 22 de maio de 2012

Ficar ou namorar?

Hoje em dia as coisas estão bem mais fáceis e diretas do que há poucos anos. Parece até que a arte da sedução está desaparecendo. No começo da década de 80 surgiu o termo ficar. Isso significa simplesmente trocar uns beijos ou amassos com alguém do sexo oposto numa festa ou danceteria, sem ter o compromisso de namorar.


Para ficar não precisa de muito esforço. A moçada está dançando, a menina sorri para o menino, este se aproxima e começa a beijação. Ou então o garoto chega para ela e fala: “quer ficar comigo?”. A menina aceita ou não. Isso tem pelo menos um lado positivo e outro negativo.

Positivo: ajuda a conhecer um pouco mais seu corpo e o do menino, colaborando para diminuir inseguranças e medos.

Negativo: essa moda de ficar pode deserotizar e banalizar as relações humanas. É muito fácil. A coisa rola sem paixão, amor ou tesão. Fica-se por ficar. Em vez de conversar ou dançar, fica-se.

Outra coisa: algumas pessoas são preconceituosas. Garota que fica muito é rodada e garoto que fica muito é galinha. Ainda bem que nem todo mundo é preconceituoso. E talvez você não queira a companhia de pessoas assim.


Existem algumas ideias, largamente difundidas, de que os meninos têm uma resistência maior a assumir o compromisso do que as garotas. Para eles o grupo de amigos é muito importante, e namorar implica se afastar (pelo menos um pouco) do grupo, e por isso eles resistiriam a compromissos como um namoro.


Hoje em dia é difícil dizer que os meninos não gostam de compromisso ou que as meninas preferem um relacionamento. O mundo está cada vez mais heterogêneo, e é difícil atribuir comportamentos genéricos aos grupos. O importante é você procurar se conhecer e se cercar de pessoas com quem compartilha afinidades. Escolhendo seus amigos, amigas e namorados, você estará escolhendo o tipo de pessoa que quer ser.


Dedico esse post a aluna Gabriele Lima.

Fonte: VILELA, Antonio Carlos. Mais coisas que toda garota deve saber. Editora Melhoramentos: São Paulo, 1998.


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