Hoje
em dia as coisas estão bem mais fáceis e diretas do que há poucos anos. Parece até
que a arte da sedução está desaparecendo. No começo da década de 80 surgiu o
termo ficar. Isso significa simplesmente trocar uns beijos ou amassos com alguém
do sexo oposto numa festa ou danceteria, sem ter o compromisso de namorar.
Para
ficar não precisa de muito esforço. A moçada está dançando, a menina sorri para
o menino, este se aproxima e começa a beijação. Ou então o garoto chega para
ela e fala: “quer ficar comigo?”. A menina aceita ou não. Isso tem pelo menos
um lado positivo e outro negativo.
Positivo: ajuda a conhecer um pouco mais seu
corpo e o do menino, colaborando para diminuir inseguranças e medos.
Negativo:
essa moda de ficar pode deserotizar e banalizar as relações humanas. É muito
fácil. A coisa rola sem paixão, amor ou tesão. Fica-se por ficar. Em vez de
conversar ou dançar, fica-se.
Outra coisa: algumas pessoas são preconceituosas.
Garota que fica muito é rodada e garoto que fica muito é galinha. Ainda bem que
nem todo mundo é preconceituoso. E talvez você não queira a companhia de
pessoas assim.
Existem
algumas ideias, largamente difundidas, de que os meninos têm uma resistência
maior a assumir o compromisso do que as garotas. Para eles o grupo de amigos é
muito importante, e namorar implica se afastar (pelo menos um pouco) do grupo,
e por isso eles resistiriam a compromissos como um namoro.
Hoje
em dia é difícil dizer que os meninos não gostam de compromisso ou que as
meninas preferem um relacionamento. O mundo está cada vez mais heterogêneo, e é
difícil atribuir comportamentos genéricos aos grupos. O importante é você
procurar se conhecer e se cercar de pessoas com quem compartilha afinidades. Escolhendo
seus amigos, amigas e namorados, você estará escolhendo o tipo de pessoa que
quer ser.
Dedico
esse post a aluna Gabriele Lima.
Fonte:
VILELA, Antonio Carlos. Mais coisas que toda garota deve saber.
Editora Melhoramentos: São Paulo, 1998.
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