quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Skate

skate surgiu em meados dos anos 1960 na Califórnia (EUA). 

Cansados de marolas e à espera de ondas radicais, surfistas californianos adaptaram rodas de patins a uma prancha de madeira. 

O passatempo pelas ruas foi batizado de sidewalk surfing, surfe de calçada na tradução literal. Aos poucos o esporte urbano foi ganhando manobras próprias e novo nome: skateboard.

Modalidades:

Como regra geral, quanto mais largo o shape, maior a estabilidade. Mas perde-se em agilidade.

Street (prática de rua ou em skateparks, pistas com obstáculos): O shape é mais estreito e flexível, com largura entre 18 e 20 centímetros. Dá para escolher os obstáculos que quiser ou simplesmente se divertir numa rua plana.

Downhill (modalidade de descida e velocidade): Usa-se o longboard, skate maior e mais pesado que os tradicionais. 

É mais estável, mas arriscar-se nas descidas exige muita habilidade.


Freestyle (manobras consecutivas de solo): Modelos estreitos e leves, com largura entre 18 e 20 centímetros. 

É praticado em solo, sem rampas ou descidas, como se fosse uma coreografia, num espaço limitado.

Vertical (treino em pistas em forma de U): Shape de maior estabilidade e com largura superior a 20 centímetros. 

Mas os movimentos velozes nas paredes da pista afastam os iniciantes.

Benefícios do skate:

Ao deslizar por corrimões e saltar escadarias, os skatistas tiram proveito de uma lista de benesses para o corpo e a mente, como tônus muscular, coordenação motora, flexibilidade, reflexo e concentração. Sem contar a socialização.


Durante a remada movimento de impulso para ganhar velocidade, usa-se a resistência aeróbica, turbinando a máquina cardiorrespiratória.


Já na parte anaeróbica, ou seja, a que patrocina ganhos musculares, o segredo está nas manobras. Isso porque, para realizá-las, emprega-se um esforço extremo em pouco tempo. Em ação, é intenso o trabalho das pernas, com agachamentos, chutes, giros e saltos.


A prática exige muito do core (conjunto de músculos que se estendem da porção logo abaixo do peito até a base da cintura).

Também estimula a massa cinzenta e desenvolve a lateralidade, isto é, desafia a predisposição do ser humano de utilizar preferencialmente um dos lados do corpo. Os movimentos exigem que o cérebro trabalhe com seus dois hemisférios de forma conjunta, evitando a dominância de um deles.

O esforço de se manter sobre o shape, passando por diferentes terrenos, dá uma força para a propriocepção, que é a capacidade de localização espacial sem precisar necessariamente contar com a visão.

Cuidados que os skatistas devem ter:

Pessoas com diagnóstico de obesidade e osteoartrite ou artrite reumatoide nos joelhos devem ficar de fora das pistas.

O esporte não é recomendado também para indivíduos com idade mais elevada, que possam apresentar osteoporose.

Podem ocorrer fraturas por estresse (fissuras microscópicas por esforço repetitivo) e entorses (deslocamento dos ligamentos de uma articulação). Também podem surgir luxaçãodistensão (rompimento de uma fibra muscular) e contusão

Punho, antebraço, perna e tornozelo, são os mais atingidos por perda de equilíbrio e falhas nas manobras.

uso de proteção é inegociável. Use capacete, cotoveleira, protetor de pulso e joelheira.

Também é necessário sessões de aquecimento para estimular a circulação e elevar a temperatura corporal, preparando músculos e articulações, além do sistema cardiovascular para a atividade intensa.

alongamento serve para esticar o corpo, depois trabalha as estruturas encurtadas pelo uso excessivo no skate e ajuda a ampliar o movimento. 

De quebra, o ácido lático depositado entre as células musculares dá um basta às dores.

Se a ideia é investir em treinos longos e de alto impacto, pode-se alternar a prancha com outras atividades, tais como, musculação, corrida, natação, ioga, pilates ou cama elástica.

Fonte: Revista Saúde é Vital. Abril / 2013.



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