Abuso
tem haver com poder e violência. Uma situação de abuso se configura quando uma
pessoa se aproveita de uma condição de superioridade para obter sexo da outra.
Vamos esclarecer isso:
Condição de
superioridade: o chefe quer transar com a secretária,
o professor quer transar com alunos, o garoto constrange a menina para transar
com ele, adultos (normalmente parentes próximos) usam sua pretensa autoridade
para transar com menores. Algumas dessas
situações podem ser consideradas como estupro.
Sexo:
não é apenas a relação genital. Mesmo beijos roubados ou carícias íntimas e não
desejadas podem configurar um abuso sexual.
No
abuso sua vida não corre perigo, mas apenas sua posição.
Quando
percebemos que alguém tem interesse sexual por nós, se a situação agrada, ela
pode evoluir para um relacionamento. Se por qualquer motivo, a situação não
agradar, não se coloque em risco.
Quando
a pessoa é pega de surpresa, normalmente fica sem reação. Depois do primeiro
abuso, vem a vergonha. A auto-estima diminui e a pessoa torna-se vítima de
novos abusos. Sabendo disso, não permita que o primeiro abuso aconteça. Grite e
esperneie, se for o caso.
Se
você conhece alguém que esteja com atitudes estranhas, desabafe com um adulto
em quem confia. Peça-lhe que converse com o abusador em potencial. Em noventa
por cento dos casos, após essa conversa o abusador vai tirar o time de campo.
Se
o adulto a quem pediu ajuda diz para você “deixar disso”, é porque não merece a
confiança que você depositou nele. Procure outra pessoa.
Quando
alguma coisa não parece bem, é porque provavelmente não está. Não fique negando
aquilo que seus sentidos percebem. Quando o alarme soar, acione imediatamente
seus sistemas de defesa: não fique sozinha com a pessoa. Peça ajuda a alguém em
quem você confia, converse (num ambiente público) claramente com a pessoa que é
o motivo de seu desconforto, não seja agressiva, mas firme.
Fonte:
VILELA, Antonio Carlos. Mais coisas que toda garota deve saber.
São Paulo: Melhoramentos, 1998.
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