Plástico,
água, radiação e o antimoniato. Com todos esses ingredientes dosados de forma
precisa no laboratório, uma equipe do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas
e Nucleares) desenvolveu um curativo inteligente para tratar a leishmaniose
cutânea, [...] que afeta 18 mil pessoas por ano no Brasil.
O
produto, que será testado em animais nos próximos meses, usa a mesma droga já
aplicada hoje em dia. Mas ele tem uma vantagem importante em relação ao tratamento
convencional [...]: em forma de hidrogel, ele tem liberação controlada na pele
do paciente.
Ciclo da doença
Insetos
carregam o parasita no organismo. Ao picarem um animal mamífero, eles o
transmitem.
Nos
cachorros, o parasita se desenvolve e se reproduz, ocasionando a doença.
Outro
mosquito pica o cachorro contaminado, adquire novamente o parasita e pica o
homem.
No
homem, assim como no cachorro, o parasita se desenvolve e se reproduz.
Fabricação do curativo
inteligente
A
membrana é formada por água e pelo medicamento já usado para tratar a doença num
polímero.
A
irradiação por cobalto produz fibras microscópicas em 3D no plástico. Essa
estrutura prende a droga na membrana e garante a liberação gradual.
A aplicação
O
gel será usado como curativo sobre a ferida na pele provocada pela doença. Por
causa da nanorrede que existe no produto, a liberação do remédio é lenta e
gradual. Isso diminui os fortes efeitos colaterais da droga, que normalmente é
injetada.
Os ingredientes
Utiliza-se
polímero, antimoniato (fármaco contra o protozoário leishmania), água e
radiação.
Fonte:
Folha de São Paulo, 22 de maio de
2009.
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