Seu corpo muda junto com sua maneira de sentir, de perceber o mundo e
tudo o que é novo e que possa ser descoberto. Agora, você deve aprender a se
familiarizar com todas essas novas sensações que algumas vezes o fazem
sentir-se estranho consigo mesmo. Pouco a pouco e com paciência, você estará
acostumado com seu corpo adulto, a conhecê-lo e amá-lo.
Durante a adolescência, as emoções e os sentimentos brotam, oscilam de
um estado de euforia para o de melancolia facilmente e, o que é pior, os
adultos parecem perceber isso só para recriminar, para dar ordens e para
controlar.
Afeição e emoções
Nesse momento da vida, os amigos têm um papel muito importante, já que
são cúmplices e conselheiros. Preferimos o controle vindo deles do que o de
nossos pais.
Conversamos com os amigos quando os problemas aparecem e é a
opinião deles que aceitamos, não a dos adultos, que não entendem o que está
acontecendo conosco. Os garotos e as garotas se aproximam e se distanciam com
um desejo de conhecer o sexo oposto, mas sem ter coragem, o que causa angústia.
Na adolescência, recusar a autoridade dos pais é muito comum. Essa rebeldia é
uma busca pela identidade própria.
As emoções aparecem de maneira clara, ou você chora por todos os cantos,
ou protesta e grita, ou arremessa a primeira coisa que lhe aparece na frente.
Você deve evitar essa última conduta, já que ela gera mais punições e falta de
entendimento dos pais, que não sabem o que fazer em relação a essas
manifestações e se comportam de maneira mais autoritária.
A proteção contra essa falta de entendimento é a imaginação criativa,
por meio da qual cada um inventa sua própria realidade. Nesse sentido, novos
passatempos surgem, como tocar em uma banda de heavy metal, escrever ou ler poesia, entrar para um time de futebol
ou escrever um diário ou blog.
Cada atividade requer uma turma de amigos com os
mesmos gostos e interesses, o que formará um grupo de pessoas iguais, os
companheiros, os parceiros.
Fonte: Lidia R. & Patricia A. Sánchez Mata. Aprendendo a viver: Sexualidade.
São Paulo: Ciranda Cultural, 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário