sábado, 11 de agosto de 2012

Maiores pandemias de gripe


Descrita pelo medico grego Hipócrates em 412 a.C., a doença dá as caras quando o inverno chega. As maiores epidemias se concentram nos últimos séculos, época com mais registros e formas de tratamento. Confira o top 5 da influenza:


Gripe Suína

Vírus H1N1: No México, o vírus sofreu uma mutação e começou a infectar humanos – antes estava restrito aos suínos. Bem parecida com a gripe espanhola, vitimou muitos jovens, que, por geralmente terem uma vida social agitada, correm maior risco de se contaminar.

Entre 2009-2010. Matou aproximadamente 17 mil pessoas.

Gripe Russa

Vírus H2N2: O primeiro surto com registros históricos começou em Bukhara, atual Uzbequistão, e se espalhou com grande rapidez. Em três meses, já passeava pela Europa, Ásia, África e América, causando crises de pneumonia e febre. No Brasil, sobrou até para o imperador: D. Pedro II (1825-1891) penou com o vírus da terra de Tolstói e Dostoiévski.

Entre 1889-1890. Matou aproximadamente 1,5 milhão de pessoas.

Gripe Asiática

Vírus H2N2: Desenvolveu-se no norte da China e avançou para Ásia, Oceania, África, Europa e Estados Unidos. Alastrou-se mundo afora em dez meses, principalmente por terra e mar. Como a tecnologia médica estava mais avançada em relação à epidemia anterior, foi possível detectar o agente com rapidez e trabalhar em novas soluções, como as vacinas. Infelizmente, não foram fabricados imunizantes em quantidade suficiente e o número de mortos foi bem alto.

Entre 1957-1958. Matou aproximadamente 2 milhões de pessoas.

Gripe de Hong Kong

Vírus H3N2: Transmitida por aves, sobretudo as criadas soltas e sem higiene, provocava febre alta, cansaço e dor nas articulações. Com uma progressão rápida e avassaladora, matou muita gente em pouco tempo, sobretudo em Hong Kong, origem da pandemia, e nos Estados Unidos, onde quase 34 mil pessoas sucumbiram a ela. O mundo caminhava a passos largos para a globalização e o maior número de vôos internacionais ajudou na transmissão do ser microscópico.

Entre 1968-1969. Matou aproximadamente 3 milhões de pessoas.

Gripe Espanhola

Vírus H1N1: Acredita-se que ela surgiu nos Estados Unidos, que não divulgaram a informação. Os ianques estavam na Primeira Guerra Mundial e censuravam dados que pudessem enfraquecer seu Exército. A neutra Espanha noticiou o fato e, por isso, ficou conhecida como o berço do perrengue. Relatos dão conta que as pessoas acordavam bem de saúde e morriam ao fim do dia. No Brasil, até o presidente eleito Rodrigues Alves (1848-1919) faleceu por causa da moléstia.

Entre 1918-1919. Morreram aproximadamente 100 milhões de pessoas.

Metamorfose ambulante

O vírus vive se modificando, estratégia para não entrar em extinção. Os laboratórios precisam produzir vacinas diferentes baseadas nos tipos de micro-organismo que mais apareceram no inverno anterior. Assim, fabricam imunizantes capazes de proteger a saúde, sobretudo dos grupos de risco (crianças, idosos e grávidas).

Alertas da Organização Mundial de Saúde


A entidade elabora uma escala sobre a gravidade dos surtos

O micro-organismo da influenza está circulando entre animais, mas não afeta seres humanos.


A gripe animal infecciona homens e mulheres e é uma ameaça em potencial.

A doença aparece em casos esparsos, mas não é transmitida com facilidade entre pessoas.


Já causa crises em comunidade. Esse estágio revela que a situação é grave.

Afeta grupos de dois ou mais países. A pandemia é questão de tempo.

O problema é detectado em mais de um continente. Esse é o nível máximo de alerta.

Gripe Aviária

O H5N1, manchete em 1997 e 2004, matou cerca de 300 pessoas, número bem abaixo dos outros surtos. A doença passou pelo Sudeste Asiático, Europa e África e, para frear sua proliferação, 1,5 milhão de aves foram mortas só em 1997. Ainda é motivo de muita preocupação. Lavar bem as mãos é uma forma simples e eficiente de prevenir o problema.

Fonte: Revista Saúde. 06/2012.


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