Descrita
pelo medico grego Hipócrates em 412 a.C., a doença dá as caras quando o inverno
chega. As maiores epidemias se concentram nos últimos séculos, época com mais
registros e formas de tratamento. Confira o top 5 da influenza:
Gripe Suína
Vírus
H1N1: No México, o vírus sofreu uma mutação e começou a infectar humanos –
antes estava restrito aos suínos. Bem parecida com a gripe espanhola, vitimou
muitos jovens, que, por geralmente terem uma vida social agitada, correm maior
risco de se contaminar.
Entre
2009-2010. Matou aproximadamente 17 mil pessoas.
Gripe Russa
Vírus
H2N2: O primeiro surto com registros históricos começou em Bukhara, atual
Uzbequistão, e se espalhou com grande rapidez. Em três meses, já passeava pela
Europa, Ásia, África e América, causando crises de pneumonia e febre. No
Brasil, sobrou até para o imperador: D. Pedro II (1825-1891) penou com o vírus
da terra de Tolstói e Dostoiévski.
Entre
1889-1890. Matou aproximadamente 1,5 milhão de pessoas.
Gripe Asiática
Vírus
H2N2: Desenvolveu-se no norte da China e avançou para Ásia, Oceania, África,
Europa e Estados Unidos. Alastrou-se mundo afora em dez meses, principalmente
por terra e mar. Como a tecnologia médica estava mais avançada em relação à
epidemia anterior, foi possível detectar o agente com rapidez e trabalhar em
novas soluções, como as vacinas. Infelizmente, não foram fabricados imunizantes
em quantidade suficiente e o número de mortos foi bem alto.
Entre
1957-1958. Matou aproximadamente 2 milhões de pessoas.
Gripe de Hong Kong
Vírus
H3N2: Transmitida por aves, sobretudo as criadas soltas e sem higiene,
provocava febre alta, cansaço e dor nas articulações. Com uma progressão rápida
e avassaladora, matou muita gente em pouco tempo, sobretudo em Hong Kong,
origem da pandemia, e nos Estados Unidos, onde quase 34 mil pessoas sucumbiram a
ela. O mundo caminhava a passos largos para a globalização e o maior número de
vôos internacionais ajudou na transmissão do ser microscópico.
Entre
1968-1969. Matou aproximadamente 3 milhões de pessoas.
Gripe Espanhola
Vírus
H1N1: Acredita-se que ela surgiu nos Estados Unidos, que não divulgaram a
informação. Os ianques estavam na Primeira Guerra Mundial e censuravam dados
que pudessem enfraquecer seu Exército. A neutra Espanha noticiou o fato e, por
isso, ficou conhecida como o berço do perrengue. Relatos dão conta que as
pessoas acordavam bem de saúde e morriam ao fim do dia. No Brasil, até o
presidente eleito Rodrigues Alves (1848-1919) faleceu por causa da moléstia.
Entre
1918-1919. Morreram aproximadamente 100 milhões de pessoas.
Metamorfose ambulante
O
vírus vive se modificando, estratégia para não entrar em extinção. Os
laboratórios precisam produzir vacinas diferentes baseadas nos tipos de
micro-organismo que mais apareceram no inverno anterior. Assim, fabricam
imunizantes capazes de proteger a saúde, sobretudo dos grupos de risco
(crianças, idosos e grávidas).
Alertas da Organização
Mundial de Saúde
A
entidade elabora uma escala sobre a gravidade dos surtos
O
micro-organismo da influenza está circulando entre animais, mas não afeta seres
humanos.
A
gripe animal infecciona homens e mulheres e é uma ameaça em potencial.
A
doença aparece em casos esparsos, mas não é transmitida com facilidade entre
pessoas.
Já
causa crises em comunidade. Esse estágio revela que a situação é grave.
Afeta
grupos de dois ou mais países. A pandemia é questão de tempo.
O
problema é detectado em mais de um continente. Esse é o nível máximo de alerta.
Gripe Aviária
O
H5N1, manchete em 1997 e 2004, matou cerca de 300 pessoas, número bem abaixo
dos outros surtos. A doença passou pelo Sudeste Asiático, Europa e África e,
para frear sua proliferação, 1,5 milhão de aves foram mortas só em 1997. Ainda
é motivo de muita preocupação. Lavar bem as mãos é uma forma simples e
eficiente de prevenir o problema.
Fonte:
Revista Saúde. 06/2012.
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