Os segredos da meditação: Meditar é esvaziar a mente de pensamentos
dispersivos. A prática proporciona uma situação repetitiva e monótona, o que
desacelera o sistema nervoso. Pesquisas mostram que o cérebro em meditação fica
desocupado, ou seja, os neurônios se tornam disponíveis. A técnica é bem
simples. Pode-se meditar no carro e até caminhando.
Para os iniciantes, o
objetivo é chegar a 20 minutos pela manhã e 20 minutos antes de dormir. Escolha
uma das quatro técnicas a seguir e inicie-se nessa arte milenar.
Meditar ativa a região frontal do cérebro, responsável pela abstração e
pela concentração, ferramentas necessárias para resolver os problemas por trás
do estresse.
Use a imaginação: Uma boa maneira para desestressar de meditar é a
visualização criativa, técnica descrita pelo psicanalista suíço Carl Gustav
Jung. Procure um lugar calmo, sente, feche os olhos e respire fundo. Agora imagine
uma situação prazerosa: você numa praia, por exemplo. Pense nos detalhes da
imagem, como a cor e o barulho do mar, a temperatura da areia, o Sol ofuscando
a visão. Imagine-se respirando o ar desse ambiente por cinco minutos. Pronto –
seu humor será outro.
Vibrações que curam: Há milhares de anos, os sábios iogues hindus
meditavam em cavernas onde reinava um silêncio absoluto. Com suas práticas,
ouviam vibrações que acreditavam ser a tradução dos sons do universo. Assim
criaram os mantras. No hinduísmo, essas frases em sânscrito são entoadas para
alimentar o espírito e desobstruir os sete centros de energia do corpo, os
chacras. Para cada um deles há um mantra. Entoá-los seguidamente antes de se
deitar e ao se levantar é como realizar um alongamento interior. Quem não
conhece nenhum mantra pode usar qualquer palavra, repetindo-a com calma.
A matemática da mente: Contar até dez, contar carneirinhos... A
sabedoria popular acerta em cheio na receita para acalmar os ânimos ou para
dormir com os anjos. Usar uma sequência de números é um jeito fácil de meditar.
Sentado, numa posição confortável e com os olhos fechados, comece respirando
profunda e vagarosamente. Conte cada vez que você expirar, até chegar a dez.
Então, comece novamente. Isso ajuda a melhorar um dos sintomas do estresse, que
é a perda do foco.
Passo a passo: Caminhar também pode ser uma maneira de esvaziar os
pensamentos. Trata-se apenas de manter a mente e a ação naquilo que você está
fazendo. Portanto, enquanto caminha, preste atenção em cada passo, na sua
respiração, nos ruídos do seu corpo e do ambiente que o cerca. Se quiser, use a
técnica de contagem: a cada passo, conte um número. Caso outros pensamentos
cruzem sua cabeça, deixe-os passar como se fossem nuvens do céu. Procure não
focalizar os olhos em nada específico – apenas olhe o necessário para não topar
em nenhum obstáculo.
Bote seus males no papel: Escrever sobre suas preocupações é uma boa
forma de descarregá-las. Procure praticar esse exercício à noite. Assim é como
se você estabelecesse um ritual de encerramento, uma maneira de fechar a porta
para as inquietações. Mas faça isso apenas por cinco minutos. Quem está ansioso
geralmente pode cair na tentação de querer colocar tudo de uma só vez no papel.
Daí, essa história corre o risco de não ter fim.
Seja seu melhor amigo: Você trataria seu amigo do peito da mesma forma
como faz consigo mesmo? Provavelmente não. Adote mentalmente o mesmo tom
reconfortante que empregaria para dar apoio se ele ou ela estivesse no seu
lugar.
Procure também se olhar no espelho com carinho. Muitos estressados
evitam esse ato tão prosaico, sinal de que a auto-estima está lá embaixo.
Observe-se bem e concentre-se em suas qualidades. Com esse exercício, a gente
pode perceber que algo o qual à primeira vista parece ser incômodo não é tão
mau assim.
Ria de si mesmo: Siga o exemplo do cineasta americano Woody Allen. Pelo
que se vê nas suas comédias, muitas inspiradas em fatos reais de sua vida, ele
não hesita em fazer graça de suas próprias angústias – que, por vezes, são bem
mais absurdas do que as nossas. Faça de alguns acontecimentos ocasiões para
rir. Quando damos boas gargalhadas, o organismo libera endorfina, o hormônio
por trás das sensações agradáveis.
Os sons terapêuticos: Os sons podem interferir no batimento cardíaco e
nas ondas do cérebro. Com os impulsos musicais, induz-se uma pessoa a passar do
estado de vigília para o de sono leve. Eis algumas dicas para relaxar com
música em casa: Sente-se com um apoio para a cabeça ou deite-se. Feche os olhos.
A música deve ser agradável ao seu ouvido e durar no mínimo 12 minutos. Só
assim há um tempo suficiente para o organismo se adaptar ao ritmo, reduzindo o
batimento cardíaco. Ouça músicas instrumentais ou em línguas mortas, como o
sânscrito. As palavras comuns agitam o cérebro, que tenta entender o conteúdo.
Evite canções conhecidas. Elas reduzem as chances de relax devido à expectativa
da mente em relação ao que vem a seguir.
O poder das plantas: A fitoterapia oferece recursos para o combate ao
estresse, muitos com comprovação científica. Existem quatro grupos de plantas
para tratar diferentes sintomas do problema. Mas elas também podem provocar
efeitos colaterais. Assim, procure sempre orientação médica.
Plantas adaptogênicas: Testados em laboratório, os extratos dessas
plantas elevaram a capacidade de adaptação de animais em situações
estressantes. Por isso, são indicados para pessoas no limite com sintomas de
fadiga. São ginseng e fáfia.
Plantas com atividade nootrópicas: Possuem substâncias que melhoram as
atividades cognitivas, como a capacidade de raciocínio e aprendizado. Pesquisas
com ratos mostraram que esses fitoterápicos aceleram a memorização e o
aprendizado. São hipérico e ginkgo biloba.
Plantas levemente sedativas: O
estresse contínuo promove a liberação de substâncias que causam excitação e
tensão emocional. Esse grupo de plantas tem ação similar à das drogas
ansiolíticas, porém mais leve. Do ponto de vista clínico o efeito é melhor
porque elas não causam dependência ou sensação de mal-estar na manhã seguinte.
São kava-kava e valeriana.
Fonte:
Especial Saúde! – Estresse.
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