terça-feira, 19 de março de 2013

Adolescentes na academia


A musculação deixou de ser vista como inimiga da saúde dos jovens para se tornar uma aliada do crescimento.

Músculos bem condicionados facilitam o trabalho da insulina, a responsável por tirar açúcar da circulação e colocá-lo dentro das células.

Bíceps, tríceps e companhia em forma estão associados a um bom funcionamento da leptina no corpo da garotada. Essa substância regula o apetite.

O excesso de carga, não importa o tipo de atividade, causa microtraumas nos ossos, o que pode interromper o crescimento ou provocar deformações. Um corpo ainda imaturo fica especialmente sujeito a lesões se submetido a atividades pesadas.

A Academia Americana de Pediatria atesta que inclusive pré-adolescentes (se estiverem amadurecendo sem problemas e forem avaliados por um médico), podem frequentar as salas de ginástica. Não quer dizer que eles precisem levantar peso. O importante é não ficarem parados. Vale pular corda, jogar bola, escalar árvore e etc.

Essas atividades aumentam a densidade óssea, diminuindo o risco de, no futuro, o indivíduo ter osteoporose. Além do mais, deixam a musculatura equilibrada, trazendo uma melhor coordenação e afastando as contusões.

Só fique de olho se o adolescente vai à academia pelas razões certas, ou seja, pelo bem-estar e por se divertir com outras pessoas.

Efeito nos músculos

A musculação e outras atividades físicas estimulam na hipófise a produção de GH, que é o hormônio do crescimento.

O GH, então, perambula pela circulação sanguínea até chegar ao fígado. Lá, manda esse órgão fabricar IGF, um hormônio que, entre outros destinos, vai aportar nos músculos.

O IGF, ao chegar a esse tecido, patrocina o crescimento de suas fibras. Além disso, novas células são criadas na região, deixando a musculatura mais comprida.

Efeitos nos ossos

O hormônio GH e o próprio trabalho dos músculos ativam os osteoblastos dentro do disco epifisário, uma espécie de cartilagem localizada no interior dos ossos longos dos jovens.

Os osteoblastos calcificam aos poucos parte dessa cartilagem, aumentando o tamanho dos ossos no sentido longitudinal.

Recomendações para a garotada

Nunca realizar exercícios de hipertrofia (poucas repetições e muita carga).

Fazer os movimentos sem peso até dominar a técnica de cada um deles.

Treinar no máximo três vezes por semana.

Ajustar os equipamentos para o tamanho do jovem.

Incluir atividades aeróbicas, como a corrida.

Fora da sala de ginástica

Quem não quiser praticar academia, pode fortalecer a musculatura com atividades específicas dentro do esporte favorito de cada um. Basta um bom orientador.

Fonte: Revista Saúde é Vital, 02/2013.

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