segunda-feira, 16 de abril de 2012

Meninos: Puberdade e órgãos sexuais


Uma nova fase vem aí

De repente, sem muitas explicações, você começa a assumir novas posturas e responsabilidades, deixando para trás alguns hábitos infantis.

Seu corpo muda e parece estar no meio de uma revolução (pelos que aparecem por todos os lados, voz desafinada, suor com cheiro mais forte, espinhas e muito mais). Os sentimentos também ficam confusos, passando por inseguranças, principalmente com a possibilidade da descoberta sexual.

Esse começo chama-se puberdade. É uma fase tumultuada. Com mais informações, as encanações podem ser encaradas com maior naturalidade e sem tantos traumas.


Um corpo novinho em folha

Quando ainda era feto, até a quinta semana de gestação, o seu aspecto anatômico era idêntico ao de uma menina. Só depois é que ele começa a se diferenciar e a ganhar contornos masculinos.

Os órgãos sexuais externos são:

O pênis é estruturado de modo a permitir a relação sexual. É composto por glande (a cabeça) e o tronco (ou corpo). O seu interior é preenchido por tecidos que parece esponjas chamadas de formações eréteis, composta de corpos cavernosos e o corpo esponjoso.

Quando o garoto fica excitado, seu sistema nervoso libera uma substância chamada acetilcolina nesses tecidos. Essa substância relaxa os tecidos, abrindo as perfurações chamadas septos. Ao mesmo tempo, as artérias do pênis se dilatam. Com isso, o sangue entra nos corpos cavernosos e no corpo esponjoso. Depois, há uma compressão das veias do pênis, o que impede que o sangue que entrou escape. Com o sangue represado dentro dele, acontece a famosa ereção (deixando o pênis rígido e alongado).

Depois do auge da excitação, ele ejacula ou com a interrupção do estímulo, o sangue volta para o seu trajeto normal, e o pênis volta ao tamanho normal.

Com o pênis ereto, a quantidade de sangue aumenta cerca de oito vezes em comparação com seu estado flácido.

Quando estamos nervosos, ou ansiosos, o corpo libera um hormônio chamado adrenalina que tem efeito contrário ao da acetilcolina. Em vez de relaxar os tecidos, ela os deixa mais contraídos, mais tensos. Isso impossibilita a entrada de sangue e, portanto, dificulta a ereção.


Podem aparecer bolinhas em volta da glande, que podem ser glândulas aumentadas, espessamento da pele ou até mesmo uma DST (verruga genital causada pelo HPV). Em caso de dúvida, consulte um urologista (médico especialista do aparelho reprodutor masculino).

Recobrindo a glande está uma pele chamada prepúcio. Na ponta do prepúcio existe um orifício que, normalmente, é largo o suficiente para permitir a exposição da glande. Porém, se o orifício for estreito demais, pode dificultar ou impedir a saída da glande. Isso se chama fimose. Ela pode acometer a pessoa de sentir dor e ter dificuldades para limpar a região, o que pode causar infecções.

É necessário fazer uma pequena cirurgia (postectomia), em que o orifício é aberto e parte do prepúcio é cortada. A operação é feita por um urologista ou cirurgião-geral em ambulatório ou com internação hospitalar rápida. O médico aplica uma anestesia local e faz um pequeno corte no prepúcio, assim a glande fica permanentemente exposta. Depois são dados alguns pontos no local. A recuperação é rápida.

Sem o prepúcio, a glande fica mais grossa e um pouco menos sensível, já que está em contato direto com tecidos, água, pele e pelos.

Os garotos com prepúcio têm a tendência a acumular uma secreção (muitas vezes malcheirosa) embaixo do prepúcio chamada esmegma. O acúmulo de secreção pode facilitar o aparecimento de infecções. Quem tem prepúcio deve expor a glande na hora do banho para uma boa higiene no local.

A retirada dele diminui o risco de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) como a sífilis, e dá ao homem melhor adaptação da sensibilidade no pênis (geralmente a glande fica um pouco menos sensível depois da operação).

Quando os meninos retiram o prepúcio por motivos religiosos (judeus ou muçulmanos), a operação é chamada de circuncisão. É feita quando o menino ainda é um bebê. Eles acreditam que, simbolicamente, ao ser circuncidado, o menino estaria selando uma união com Deus.

Fonte: BOUER, Jairo. O corpo dos garotos. São Paulo: Panda Books, 2008.


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