quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sono e seus distúrbios (2ª Parte)


Outros prejuízos

Uma noite mal dormida não vai prejudicar o funcionamento do organismo, mas interfere na disposição física e mental durante o dia seguinte.

Já a insônia crônica é aquela que está presente em vários dias na semana e dura mais de um mês.

Um estudo da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, revelou que dormir menos de seis horas por dia aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC) mesmo em quem não apresenta fatores de risco comuns, como excesso de peso ou histórico familiar.

Encontraram relação entre pessoas que dormiam menos de seis horas e a incidência de sintomas de AVC, como dormência ou fraqueza de um lado do corpo, tontura e perda de visão. Segundo eles, dormir pouco pode ser um precursor de fatores de risco tradicionais para doenças cardiovasculares e, por isso, os distúrbios do sono devem ser tratados.

Noites mal dormidas causam irritabilidade, ansiedade e são fatores de risco para a depressão.

Problemas mais comuns

A insônia é apenas um dos distúrbios do sono e se caracteriza pela dificuldade de iniciar ou manter esse estado, causando sensação de sono não reparador, cansaço diurno, dificuldade para manter a concentração, entre outros sintomas. Existem diversas causas e entre elas estão os transtornos psiquiátricos, doenças como fibromialgia, uso prolongado de medicamentos e de bebida alcoólica, maus hábitos de vida e predisposição genética.

Outros distúrbios do sono podem afetar o repouso mesmo sem o indivíduo perceber e, aí, acaba sentindo os resultados durante o dia. Um deles é a apneia, que apresenta paradas respiratórias durante o sono e podem ocorrer por alterações na faringe, como a diminuição da atividade dos músculos dilatadores.
Quem tem apneia tem mais risco de desenvolver problemas cardiovasculares, como a hipertensão. Ronco, sonolência diurna e acordar no meio da noite com sensação de sufocamento ou desconforto no peito são os principais sintomas.

Como um dos fatores de risco para a apneia é o sobrepeso, emagrecer é o primeiro passo. Evitar bebidas alcoólicas, tratar as doenças de nariz e garganta que podem interferir na passagem do ar (como adenoides) e usar aparelhos que melhoram a respiração noturna são fundamentais.

Para os casos de insônia, é preciso descobrir se o problema é primário ou secundário (decorrente de outras complicações de saúde, como depressão, ou de outros distúrbios do sono, como a síndrome das pernas inquietas, em que o paciente movimenta os membros durante a noite). Se for secundária, é preciso combater suas causas.

O tratamento pode ser feito com psicólogos, psiquiatras, nutricionistas, neurologistas e ortopedistas.

O tratamento farmacológico muitas vezes é necessário para a insônia crônica, mas o não uso de medicamento é priorizado, destacando-se a terapia comportamental cognitiva (higiene do sono, técnicas de relaxamento).

Os pacientes só devem tomar medicamentos para dormir com orientação médica.

Fonte: Revista Sua Saúde, Ano 3, nº 13 – 2012.

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