domingo, 23 de fevereiro de 2020

Sexualidade: Preliminares e o corpo responde

A passagem da adolescência à fase adulta é um processo pelo qual as pessoas se expressam livremente com relação ao amor e à sexualidade, de acordo com seus princípios e crenças. As relações sexuais podem significar a busca por identidade pessoal, uma vontade de se divertir, uma vontade de reproduzir, uma expressão de amor, entre outros, porém esses objetivos não estão geralmente associados uns com os outros.     

Durante o processo de evolução, o impulso sexual foi desenvolvido como uma maneira de garantir a reprodução. A atividade sexual era condenada há alguns anos se não tivesse relação com o objetivo reprodutivo, mas a sexualidade adquiriu um significado diferente em nossa sociedade atual, na qual a aceitação do prazer independe da procriação.    

Na maioria dos países, é ilegal ter relações sexuais com um menor de idade. Isso não significa que, uma vez maior de idade, tenhamos de fazer sexo. Você nunca deve deixar ninguém apressar ou persuadir você a ter relações sexuais, pois isso deve ser um ato livre e voluntário

Todos os jovens devem escolher o momento em que se sentirem prontos, assim que tiverem analisado todas as consequências, tais como gravidez indesejada, contágio de doenças sexualmente transmissíveis, etc.    

Preliminares
As preliminares são a preparação prévia para um ato sexual agradável, satisfatório e prazeroso para o casal. Também têm um objetivo fisiológico, já que o corpo da mulher precisa de mais tempo do que o do homem para emitir uma resposta. O pênis e a vagina são lubrificados, facilitando assim a penetração.    

As preliminares contribuem para um prazer maior, garantem a satisfação da mulher e podem até mesmo fazer com que ambos tenham orgasmo ao mesmo tempo. Durante o ato sexual, não há nada a demonstrar, nem que o deva ser encarado como uma competição. É um ato de comunicação, de troca, de amor, no qual cada um deve se comportar de maneira livre e sem inibições.     

Cada casal descobrirá as carícias preliminares que mais lhe agradam, conforme o relacionamento for se aprofundando. Quanto mais se conhecer do parceiro, a comunicação se torna mais intensa, mais livre e mais espontânea. O beijo é a manifestação mais comum do desejo contido por contato físico, que acontece a certo momento para o bem-estar dos amantes. O ato de beijar estabelece uma ligação que gera uma série de sensações prazerosas para o casal.   

O corpo responde
A resposta sexual é a maneira que nosso corpo tem para reagir ao estímulo erótico. A imaginação nas fantasias sexuais, a contemplação da pessoa amada, seu cheiro, as imagens, palavras de amor e carícias nas zonas erógenas, tais como orelhas, coxas, seios, nuca... e especialmente nos órgãos genitais, são geralmente suficientes para acionar uma resposta sexual, ou com outra pessoa ou consigo mesmo. 

As manifestações durante o ato sexual são diferentes: algumas pessoas fazem muito barulho, outras são quietas, algumas querem sempre a mesma  posição, outras precisam falar sem parar... A variedade é boa, como em outros aspectos da vida.

No começo da resposta sexual, o sangue circula em uma quantidade maior em direção aos vasos sanguíneos dos órgãos sexuais, que mudam de cor e tamanho. Com o estímulo, a tensão aumenta em todos os músculos até que o orgasmo seja atingido. Quando as contrações do orgasmo acabarem, os músculos relaxam devagar e os vasos sanguíneos retornam aos níveis iniciais de fluxo de sangue.

A sexualidade é um aspecto importante e muito complexo de nossas vidas, com o qual podemos nos comunicar e trocar prazer, carinho e afeição, assim como liberar tensões. O erotismo, a afetividade e a possibilidade de conceber um filho se unem na comunicação sexual.

Você sabia que...?
Em toda relação sexual, é importante que ambos sejam sinceros para que haja a cumplicidade necessária para demonstrar livremente do que gostam e do que não gostam. A sensibilidade é também fundamental para adivinhar os gostos e as necessidades do outro e ter a disposição para dar prazer.

Fonte: 
Lidia R. & Patricia A. Sánchez Mata. Aprendendo a viver: Sexualidade. São Paulo: Ciranda Cultural, 2008.

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