domingo, 16 de dezembro de 2012

Técnicas e atitudes para acabar com a ansiedade (4ª Parte)

Os segredos da meditação: Meditar é esvaziar a mente de pensamentos dispersivos. A prática proporciona uma situação repetitiva e monótona, o que desacelera o sistema nervoso. Pesquisas mostram que o cérebro em meditação fica desocupado, ou seja, os neurônios se tornam disponíveis. A técnica é bem simples. Pode-se meditar no carro e até caminhando.
Para os iniciantes, o objetivo é chegar a 20 minutos pela manhã e 20 minutos antes de dormir. Escolha uma das quatro técnicas a seguir e inicie-se nessa arte milenar.

Meditar ativa a região frontal do cérebro, responsável pela abstração e pela concentração, ferramentas necessárias para resolver os problemas por trás do estresse.

Use a imaginação: Uma boa maneira para desestressar de meditar é a visualização criativa, técnica descrita pelo psicanalista suíço Carl Gustav Jung. Procure um lugar calmo, sente, feche os olhos e respire fundo. Agora imagine uma situação prazerosa: você numa praia, por exemplo. Pense nos detalhes da imagem, como a cor e o barulho do mar, a temperatura da areia, o Sol ofuscando a visão. Imagine-se respirando o ar desse ambiente por cinco minutos. Pronto – seu humor será outro.

Vibrações que curam: Há milhares de anos, os sábios iogues hindus meditavam em cavernas onde reinava um silêncio absoluto. Com suas práticas, ouviam vibrações que acreditavam ser a tradução dos sons do universo. Assim criaram os mantras. No hinduísmo, essas frases em sânscrito são entoadas para alimentar o espírito e desobstruir os sete centros de energia do corpo, os chacras. Para cada um deles há um mantra. Entoá-los seguidamente antes de se deitar e ao se levantar é como realizar um alongamento interior. Quem não conhece nenhum mantra pode usar qualquer palavra, repetindo-a com calma.

A matemática da mente: Contar até dez, contar carneirinhos... A sabedoria popular acerta em cheio na receita para acalmar os ânimos ou para dormir com os anjos. Usar uma sequência de números é um jeito fácil de meditar. Sentado, numa posição confortável e com os olhos fechados, comece respirando profunda e vagarosamente. Conte cada vez que você expirar, até chegar a dez. Então, comece novamente. Isso ajuda a melhorar um dos sintomas do estresse, que é a perda do foco.

Passo a passo: Caminhar também pode ser uma maneira de esvaziar os pensamentos. Trata-se apenas de manter a mente e a ação naquilo que você está fazendo. Portanto, enquanto caminha, preste atenção em cada passo, na sua respiração, nos ruídos do seu corpo e do ambiente que o cerca. Se quiser, use a técnica de contagem: a cada passo, conte um número. Caso outros pensamentos cruzem sua cabeça, deixe-os passar como se fossem nuvens do céu. Procure não focalizar os olhos em nada específico – apenas olhe o necessário para não topar em nenhum obstáculo.

Bote seus males no papel: Escrever sobre suas preocupações é uma boa forma de descarregá-las. Procure praticar esse exercício à noite. Assim é como se você estabelecesse um ritual de encerramento, uma maneira de fechar a porta para as inquietações. Mas faça isso apenas por cinco minutos. Quem está ansioso geralmente pode cair na tentação de querer colocar tudo de uma só vez no papel. Daí, essa história corre o risco de não ter fim.

Seja seu melhor amigo: Você trataria seu amigo do peito da mesma forma como faz consigo mesmo? Provavelmente não. Adote mentalmente o mesmo tom reconfortante que empregaria para dar apoio se ele ou ela estivesse no seu lugar.
Procure também se olhar no espelho com carinho. Muitos estressados evitam esse ato tão prosaico, sinal de que a auto-estima está lá embaixo. Observe-se bem e concentre-se em suas qualidades. Com esse exercício, a gente pode perceber que algo o qual à primeira vista parece ser incômodo não é tão mau assim.

Ria de si mesmo: Siga o exemplo do cineasta americano Woody Allen. Pelo que se vê nas suas comédias, muitas inspiradas em fatos reais de sua vida, ele não hesita em fazer graça de suas próprias angústias – que, por vezes, são bem mais absurdas do que as nossas. Faça de alguns acontecimentos ocasiões para rir. Quando damos boas gargalhadas, o organismo libera endorfina, o hormônio por trás das sensações agradáveis.

Os sons terapêuticos: Os sons podem interferir no batimento cardíaco e nas ondas do cérebro. Com os impulsos musicais, induz-se uma pessoa a passar do estado de vigília para o de sono leve. Eis algumas dicas para relaxar com música em casa: Sente-se com um apoio para a cabeça ou deite-se. Feche os olhos.
A música deve ser agradável ao seu ouvido e durar no mínimo 12 minutos. Só assim há um tempo suficiente para o organismo se adaptar ao ritmo, reduzindo o batimento cardíaco. Ouça músicas instrumentais ou em línguas mortas, como o sânscrito. As palavras comuns agitam o cérebro, que tenta entender o conteúdo. Evite canções conhecidas. Elas reduzem as chances de relax devido à expectativa da mente em relação ao que vem a seguir.
Viva a ficção: Saiba que mergulhar na leitura de um livro ou assistir a um filme quebra um galho danado quando a ansiedade dispara. Nesses momentos, tente se concentrar no enredo e transponha suas preocupações sobre um personagem. É tiro e queda: aquela sobrecarga emocional vai para o espaço.

O poder das plantas: A fitoterapia oferece recursos para o combate ao estresse, muitos com comprovação científica. Existem quatro grupos de plantas para tratar diferentes sintomas do problema. Mas elas também podem provocar efeitos colaterais. Assim, procure sempre orientação médica.
Plantas adaptogênicas: Testados em laboratório, os extratos dessas plantas elevaram a capacidade de adaptação de animais em situações estressantes. Por isso, são indicados para pessoas no limite com sintomas de fadiga. São ginseng e fáfia.

Plantas com atividade nootrópicas: Possuem substâncias que melhoram as atividades cognitivas, como a capacidade de raciocínio e aprendizado. Pesquisas com ratos mostraram que esses fitoterápicos aceleram a memorização e o aprendizado. São hipérico e ginkgo biloba.

Plantas levemente sedativas:  O estresse contínuo promove a liberação de substâncias que causam excitação e tensão emocional. Esse grupo de plantas tem ação similar à das drogas ansiolíticas, porém mais leve. Do ponto de vista clínico o efeito é melhor porque elas não causam dependência ou sensação de mal-estar na manhã seguinte. São kava-kava e valeriana.

Fonte: Especial Saúde! – Estresse.

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