domingo, 19 de agosto de 2012

Curativo high-tech trata leishmaniose


Plástico, água, radiação e o antimoniato. Com todos esses ingredientes dosados de forma precisa no laboratório, uma equipe do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) desenvolveu um curativo inteligente para tratar a leishmaniose cutânea, [...] que afeta 18 mil pessoas por ano no Brasil.

O produto, que será testado em animais nos próximos meses, usa a mesma droga já aplicada hoje em dia. Mas ele tem uma vantagem importante em relação ao tratamento convencional [...]: em forma de hidrogel, ele tem liberação controlada na pele do paciente.

Ciclo da doença

Insetos carregam o parasita no organismo. Ao picarem um animal mamífero, eles o transmitem.

Nos cachorros, o parasita se desenvolve e se reproduz, ocasionando a doença.

Outro mosquito pica o cachorro contaminado, adquire novamente o parasita e pica o homem.

No homem, assim como no cachorro, o parasita se desenvolve e se reproduz.

Fabricação do curativo inteligente

A membrana é formada por água e pelo medicamento já usado para tratar a doença num polímero.

A irradiação por cobalto produz fibras microscópicas em 3D no plástico. Essa estrutura prende a droga na membrana e garante a liberação gradual.

A aplicação

O gel será usado como curativo sobre a ferida na pele provocada pela doença. Por causa da nanorrede que existe no produto, a liberação do remédio é lenta e gradual. Isso diminui os fortes efeitos colaterais da droga, que normalmente é injetada.

Os ingredientes


Utiliza-se polímero, antimoniato (fármaco contra o protozoário leishmania), água e radiação.

Fonte: Folha de São Paulo, 22 de maio de 2009.


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